Colunista: David Sobel
No centro acústico da reverberação alheia: em "Campina da Boca Grande", direto do mais alto ouvido de um prédio com três andares localizado no epicentro da língua da cidade, iniciou-se um envolvimento entre: o Som “da necessidade do silêncio”, o Som “da necessidade do som” e o Som “da necessidade do sono"...
Som “da necessidade do silêncio”
...
Som de cooler,
Som de freegobar,
Som de ventilador,
Som de escada,
Som de ausência do motor e das correntes do elevador dos pais,
Som de saudade de som.
Som “de Olhos Fechados”
...
Som de sirene do carro de lixo,
Som de apito dos vigilantes,
Som de cães...
Som de paranóia,
Som de gatas...
Som de cio,
...
Som "de Transitoriedade das Cores"
...
Som de galo...
Som de coronéis,
Som de passarinhos...
Som de softwares livres,
Som de sampler de “bom-dia!”.
Som “da necessidade do som”
...
Som de “tic” nervoso da cadeira,
Som de estalar os ossos dos ouvidos,
Som de assobiar uma melodia vulgar,
Som de espirros dos livros e das fitas cassetes,
Som de coçar as escamas de suor,
Som de respirar forte quando não esquecer de respirar,
Som de pressionar com a língua o bafo de cigarro entre os dentes da janta,
Som de dialogar com uma composição ainda no ventre.
Som “da necessidade do sono”
...
Som de inspiração do Som “da necessidade do silêncio”,
Som de transpiração do Som “da necessidade do som”.
Um dia serei mulher
Há um ano
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