Um 365 avos do ano...
Um colégio católico...
Uma redação de vestibular...
Um trailer de cinema...
Acaba! Acaba! Pelo amor que tenho a Mulher do Padre! Que tempo mais parado! Que “parada” este tempo! Minha Nossa Sem-hora do Agora, igual aos sapos de Magnólia, faça chover canivete! Retire as regras da minha fala que Rubinho ganha uma taça na rédea de uma charrete. Epa! Charrete não... De um papa-móvel. Também torne-me o único E.T. que há vários anos foi aqui esquecido pela Enterprise que eu faço a vaca da inauguração da ponte Maurício de Nassau voar tossindo. Enquanto o meu veículo de volta para o futuro não entra para a História, pelo menos dê um fim aos flatulentos condutores motorizados; recrie as máquinas da Era Flintstones!
Um colégio católico...
Uma redação de vestibular...
Um trailer de cinema...
Acaba! Acaba! Pelo amor que tenho a Mulher do Padre! Que tempo mais parado! Que “parada” este tempo! Minha Nossa Sem-hora do Agora, igual aos sapos de Magnólia, faça chover canivete! Retire as regras da minha fala que Rubinho ganha uma taça na rédea de uma charrete. Epa! Charrete não... De um papa-móvel. Também torne-me o único E.T. que há vários anos foi aqui esquecido pela Enterprise que eu faço a vaca da inauguração da ponte Maurício de Nassau voar tossindo. Enquanto o meu veículo de volta para o futuro não entra para a História, pelo menos dê um fim aos flatulentos condutores motorizados; recrie as máquinas da Era Flintstones!
Albert Einstein seu incompetente... Vejo que na prática tempo e distância “de rosca é parafuso”! A nossa última viagem à lua já faz parte do milênio passado e saiba que ainda me excita trepar com lunáticas, Barbarellas, andróides replicants e Aliens... mesmo que eu seja apenas o oitavo passageiro, mesmo que depois do orgasmo só tenha cigarro e cerveja não-potáveis para acalmar os meus nódulos (Câncer... Quem um dia não tiver um no meio do caminho “que jogue a primeira pedra” em Drummond). Aproveitando... Einstein sei que não tens culpa pelos traques-de-massa soltados em pleno agosto no São Japão de 1945 bem nos dias em que a terra parou.
Repito! Eu nunca quis e nem quero andar a 300 mil quilômetros por segundo! E tem mais... Como estou virando “boyzinho” mesmo... Albert vá ver se H.G. Wells está na esquina e peça-lhe para passar um email à porra da sua personagem, o cientista Hatlenger, afirmando que a essa altura da “quarta dimensão”, caso toda a sociedade continue a insistir, somente aceitarei a minha máquina do tempo com: painel todo revestido de mogno envernizado, uns adesivos colados na mala da Bad Boy e das letras iniciais do meu nome e da minha amada em itálico. Já no capô, colem o da Ferrari e no pára-brisa - o principal - o despacha manzuar do poder executivo. Quero também néons lilases presos em baixo de um motor V8 Interceptor movido a ferormônio feminino, mais cano de escape furado e barulhento, saia e aerofólio personalizados, som carrossel, DVD, freegobar, teto solar, banco de couro de Zebra, Buzina com o grito do Tarzan, vidro fumê azul, rodão cromado, marcha automática, injeção e vidros eletrônicos... E para completar... A quero blindada à prova de todas as bombas de Gás Nância das metrópolis capitalistas e socialistas.
Desde 2001 quero ser protagonista de ficção científica... Ser o macaco da Odisséia de Kubrick... Quero dar o grito primal e jogar o osso do progresso! Pois eu não agüento mais ter que redescobrir que o caralho do Cabral não nos descobriu boceta nenhuma (Segundo o próprio Caminha, a nossa Índia já vivia desnuda); e depender de livros de história catequizados pelos mesmos colonizadores filhos das putas que proclamaram a nossa independence day em 1822. Que “os bombeiros” de Truffat então me libertem da Alphaville de Godard.
Hipocrisia à parte... no meu admirável novo mundo ainda prefiro ter o branco transgênico do Michael Jackson e passar os próximos 500 anos do lado daqueles que lutam pelas restantes 80% das vagas das universidades públicas do que produzir geneticamente Cenoura Bronze e ser mais um da grande maioria desses “privilegiados” 20% que se matam para completar um negro Ensino Básico. Nada mais democraticamente nosso: querer saldar as dívidas com cheque sem fundo.
Já para aqueles seres tão “injustiçados” que perduram na disputa dos 80%, não tem coisa mais vergonhosa que sentir inveja dos “Ricardão”. Aquele vizinho de rua que você sabe que passou todo o período letivo jogando, além de conversa fora durante a aula, “Pelada” paga em campo sintético, Serpente no celular, Paciência no computador, Burrinho em mesa de bar e Tarimba com as Marias-Malhação do cursinho de matérias isoladas; e que hoje, além de continuar aprimorando as pré-históricas técnicas de coçar o saco e fofocar sobre a vida alheia (Vivas ao Big Brother Brasil!), cursa Direito, Enfermagem ou Administração em uma dessas “virtuais” faculdades privadas (Celite, Eliane, Lorenzetti...?), onde Seu paizão todo mês derrama dos poros mais de mil paus. Aurélio! Michael! Larousse! Ruth Rocha! Leiam o dicionário popular mundial...: tempo sm 1 Dinheiro.
E como eu não tenho contatos imediatos do terceiro grau com o Real... rezo todo dia junto a minha comunidade do morro do ORKUT para que nesse retorno ao tabuleiro, aos dados e às cartas do WAR, nesse retorno a guerra dos mundos, o Bilionário Bin imponha ao Ocidente o Calendário Lunar e a morte dos Anos Bissextos, como também o Milionário Bush consiga impor ao Oriente o Ano Cristão e exterminar os Anos Abundantes, posto que tais realizações me aproximariam do tão esperado dia da passageira felicidade de passar... NÃO pelo hímen elástico dos vestibulares dos órgãos de ensino superior federal e estadual: exterminadores dos futuros de mais de 90% dos jovens brasileiros, mas passar de vida... ser utopia, recriar meu avatar, me denominar como TRON e implantar vírus de hormônios hiperincestuosos no Second Life, desperdiçar todo o tempo que me resta tentando se desprogramar dos atuais sistemas de ensinos secundaristas e se desfragmentar de qualquer byte provindo de templos “sagrados” da inteligência artificiAU!
“Em breve, nas melhores salas bem pertinho de você?” Corta essa! Ação!
Obs.: Este texto foi publicado na edição n.4 (Nov. de 2007) da Revista-Zine-Jornal de Audiovisual "A Margem".
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