segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Pelos cabelos de Shiva...

Baixo a cabeça para trás... Deixo a minha face exposta a tapa... Água... Água... Agüinha... Gelada... Éis o gozo do céu campinense ampliando os graus do meu "quatro ôio"... Embaçado...

Desfaço a face... Retorno à festa... Sobre a lente da miopia aguada vejo a explosão de todos os glóbulos-de-luz...

Saturam-se as cores... Apagam-se as formas... Apenas enxergo os movimentos de uma fina garoa... Que enverniza todos os corpos... Que ritualiza todas as danças... Que em meio as tempestades de som... Evapora uma melodia suave... Quase similar ao silêncio...

Talvez porque não é da natureza das águas o canto...

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