domingo, 22 de janeiro de 2012

Rua,

Acordei com saudades da luz. Ainda escuro, a luz estava longe de chegar pro meu dia. Clara, como há muito não miopia, a luz dormia seus raios apagados pela guerra de ontem. Aurora, como há muito não vestia, a luz despertava surpresa na noite. Branca. Dormia. Não estava por chegar das avenidas. Dormia o sono da estrada. Dormia sua força de mãe, bailarina. Dormia para acordar com fome de mais e com sede de menos. Dormia toda a minha alegria...

Dorme em paz dona rua e quando acordar ilumine essas palavras com a sua pele, poesia.

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