terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Mandala

Mandala azul celeste
Olha
que aonde estou não estou na sua frente.

Olha eu aqui em cima!
É aqui que eu habito,
no seu céu,
colhendo com dedo frutos tirados do pé.

Para chegar Aqui
tive que passar Por-dentro-de-mim,
inclusive pelas formigas e excessos de galhos,
tive que usar a minha mão-natureza...
A velha escada da casa-da-árvore.

Aqui se larga o prato, o garfo e a faca.
Aqui se chupa manga com leite, casca, cabelo e caroço.
Aqui se vive o cheiro ainda verde de tudo que há aqui.

Aqui meu chão caminha junto com o seu espaço,
Aqui sei o que não chega e o que sai dos meus poros
...
um cheiro salgadim, dim-dim de saudade,
um beijo docim, sim-sim de dedão
polegar
...
bem bem bem...
tocado!
Que quando indicar a testa do seu céu,
apontará à entrada da noite
...
o centro de uma ampulheta de energia
que passa
sem areia
sutil
...
Toma mandala azul celeste
um pouco de chuva-de-estrela
de minha energia em querer a...
mar
...
permita-me lu-bri-ficar o hímen da tua liberdade
onde nada,
somente a lembrança do tato,
saberá que um dia um certo anjo do céu
se precipitou,
rompeu
e derramou lágrimas brancas
em letras vermelhas
sobre o seu olhar azul celeste
para
Aqui
silenciar
o além

de você

em você
em paz

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