Hoje acordei com muito frio
Com imensa vontade em me revestir de pano
Cobrir-me a alma com água do Mar
Daquele velho açude de oceanos.
Hoje caminhei com vontade de chuver pra cima
Mas só havia chão aonde eu pudesse escorrer
Por mais que a rua escutasse os compassos dos meus órgãos
a terra não tem mais vontade de ser repercussão da alma
E para alcançar meu pano, meu mar, meu açude e minha chuva
restou-me tocar os colírios da flora vespertida
até que um lago de lágrimas caisse do meu céu
espalhando retalhos de pétalas coloridas
espelhando um arco-íris de galhos retorcidos
POR MUITA SAUDADE.
Um dia serei mulher
Há um ano
Um comentário:
Sou leve, livre feito folha ao vento... lembro-me do que somos... dá uma saudade de você, de te ouvir nas madrugadas adentro!
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