terça-feira, 19 de maio de 2009

Confúcio?

Xangô,

Por mais que eu me embriague de preto e vermelho... os últimos finais de semanas regados por chuva, lua cheia e mar insistem-me inspirar Exú mais mãe Iemanjá... e também transpirar o céu azul com rosas brancas... como se catucassem meus restos de dúvidas para colher mais certezas... as insustentáveis levezas do ser...

Entre finais cheios de semanas e semânticas que ressacam e ressecam, assobiam para dentro, tragam fumaças de poeiras, acúmulos do tempo entopem os bueros dos nossos poros... nos prendem os espirros mais fortes... implodem os timbanos... transbordam de energias os chacras... lavando certas vontades... elevando-nos em vapores de lágrimas pelos ralos... pelos canos e cânones do céu... condensando-nos em nuvens de chocalhos... em seios grávidos... em frutos recém-maduros... em noites trovoadas por tambores silenciosos... Irradiando-nos os sons de todos os SINS... tocando os tlin-TLINS dos sinos universais...

São sons capitalizados por companhias energéticas não privatizadas... Águas-de-cheiro... Cremes arenosos... Pedras sabão... Feitos de ervas finas temperados com sal a gosto... Como uma onda no mar...

Muito Confúcio para meu orixá? Apenas sinestesias da vida vermelho e branco para além da morte.